Varejo oferece experiência positiva para consumidores com deficiência, revela SBVC

segunda-feira 9 de dezembro de 2019

POR: MAPA Comunicação

A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a Toluna,
realizou um estudo sobre os hábitos de compra da população que possui algum tipo
de deficiência física.

Para chegar ao resultado final, foram analisados os fatores que levam esse público a
consumir, os aspectos que mais prezam em suas compras. Na mesma linha, a SBVC
se debruçou sobre as principais barreiras que os impedem de ter uma experiência de
compra “muito boa”.

O levantamento mostra que o consumo relacionado a itens básicos é feito com mais
frequência. Em outras palavras, 61% dos entrevistados costumam ir semanalmente a
redes de supermercados e 37% afirmam comprar mensalmente itens em drogarias e
farmácias.

Já 29% do público costuma ir mensalmente a shoppings centers, em busca de itens
ocasionais de compra, e 21% afirmam frequentar eventualmente esse canal.

“Supermercados, drogarias e farmácias são utilizados como canais de reposição de
itens básicos, de forma concomitante e às vezes concorrente. A conveniência é um
aspecto muito relevante na decisão de compra do público”, afirma Eduardo Terra,
presidente da SBVC.

Em resumo, os consumidores com necessidades especiais afirmam que a experiência
de compra oferecida pelo varejo é “bastante positiva”. Em números, 72% dos que vão
a supermercados e 73% dos que visitam shopping centers apreciam a experiência
(somando as avaliações “muito boa” e “boa”).

Mas, quem oferece a melhor experiência são farmácias e drogarias para 74% dos
respondentes. Eles sentem que sua jornada de compra nesse tipo de loja é positiva.

A falta de acessibilidade certamente prejudica a experiência do usuário. Dificuldade
de acesso à loja, corredores estreitos, escadas e degraus, altura das gôndolas e dos
caixas são os que mais causam incômodo, pois dificultam o deslocamento e a
finalização bem-sucedida da compra.

Entretanto, mesmo com esses percalços, os consumidores com algum tipo de
deficiência avaliam as lojas com nota 7,5 para o atendimento.

Aqui no Brasil, a parcela da população com alguma deficiência intelectual, motora,
visual ou auditiva passou de 14% em 2000 para 24% em 2010, totalizando 45,6
milhões de pessoas, de acordo com o IBGE.

São 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual, das quais mais de 528 mil
são incapazes de enxergar e 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal.
Ainda, 29 milhões de pessoas têm alguma dificuldade permanente de enxergar,
mesmo usando óculos ou lentes.