Varejo deve fechar o ano com aumento de 4,6% em vendas, diz CNC

sexta-feira 27 de dezembro de 2019

POR: MAPA Comunicação

O comércio deverá registrar um aumento no volume de vendas de 4,6% em 2019 (varejo
ampliado), segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).

No varejo restrito, que exclui o ramo automotivo e de materiais de construção, a alta
deverá alcançar 1,8%. As projeções também são positivas para 2020. No ano que vem,
a CNC aponta que varejo ampliado deverá elevar as vendas em 5,3%, enquanto o varejo
restrito deverá avançar 2,3%.

O economista da CNC, Fabio Bentes, observa que, embora os dados da Pesquisa Mensal
de Comércio (PMC) de setembro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
confirmem a recuperação gradual do varejo, acompanhando a reação da atividade
econômica após o período de recessão, o nível atual de vendas ainda se encontra 2,4%
abaixo de dezembro de 2014 e 8,0% aquém do pico histórico das vendas alcançado em
agosto de 2012, nível que deverá ser alcançado somente em 2021.

De acordo com a PMC de setembro, o faturamento real dos dez segmentos que
compõem o chamado comércio varejista ampliado apresentou alta de 0,9% na
comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Desse modo, esse
foi o melhor resultado para um mês de setembro do varejo ampliado desde 2014
(+1,1%).

No conceito restrito, a variação ante agosto (+0,7%) foi a maior desde 2009 (+1,1%).
Fabio Bentes lembra que esses resultados positivos coincidem com o início do
calendário de saques dos abonos do PIS/PASEP e também com a Semana do Brasil,
evento criado neste ano para estimular promoções no comércio varejista.

Os destaques no mês de setembro ficaram por conta dos segmentos de móveis e
eletrodomésticos (+5,2%) – maior alta para meses de setembro da série histórica
iniciada em 2001 – e de vestuário, calçados e acessórios, cujo avanço (+3,7%) foi o maior
desde 2008 (+3,7%).

Dos dez segmentos pesquisados, apenas as lojas especializadas na venda de materiais
de escritório, informática e comunicação apresentaram recuo (-2%).