Movimento do comércio cresce 0,2% em setembro

segunda-feira 11 de novembro de 2019

POR: MAPA Comunicação

O movimento do comércio foi quase estável em setembro, é o que revela um
levantamento da Boa Vista. O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o
desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, cresceu 0,2% em setembro,
quando comparado a agosto, desconsiderando os efeitos sazonais.

Esse índice baixo de crescimento acontece depois do aumento de 1,9% em agosto.
Quando comparada com setembro de 2018, a evolução de 2,9%. No acumulado em
12 meses, o indicador registrou alta de 1,5%.

Segundo o material, o crescimento gradual da concessão de crédito ao consumidor, a
inflação reduzida e a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo sem
Serviço (FGTS), que aumentaram os valores disponíveis para o consumo, são os
principais motivadores dos resultados de julho.

O desemprego em alta e o aumento da informalidade, aliado com o trabalho
autônomo, são causadores de uma renda baixa, segundo a Boa Vista.

Com todos esses fatores, a empresa ainda alerta para o risco de aumento da
inadimplência no Brasil.

Segmento a segmento

Na análise por segmento, o que apresentou maior alta foi o de Móveis e
Eletrodomésticos, de 0,9%, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste
sazonal, o acumulado em 12 meses cresceu 0,6%.

O segmento de Supermercados, Alimentos e Bebidas caiu 0,1% em setembro. Já no
acúmulo de 12 meses cresceu 1,4%, na série sem ajuste.

Dessa forma, o setor de Tecidos, Vestuários e Calçados cresceu 0,6% em setembro. Ao
somar o total de 12 meses, a alta é 4,1%.

Finalmente, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes cresceu 0,2% em setembro,
considerando dados dessazonalizados, e também na série sem ajuste com a variação
acumulada em 12 meses.

Os dados indicam a consolidação de uma pequena aceleração do movimento do
comércio, impulsionada, principalmente, pelo crescimento do crédito e pelos saques
dos recursos do FGTS.

Entretanto, se não houver uma melhora significativa da dinâmica do mercado de
trabalho e comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas, é
bem provável que os efeitos dos recursos do FGTS rapidamente percam força.